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Pedidos de recuperação judicial aumentam 40% na Grande Vitória

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O número de pedidos de recuperação judicial feito por empresas da Grande Vitória aumentou 40% em 2015, em relação ao ano anterior, segundo dados da 13ª Vara Cível da capital, divulgados na última quinta-feira (10). Construção civil, comércio exterior e logística são alguns dos setores que tiveram empresas nessa situação.

O economista Orlando Caliman chamou a atenção para o alto índice registrado e disse que o número pode ser ainda maior em 2016.

“Nesse início de 2016, a situação piorou. A gente pode observar o grande número de lojas que estão fechando e empresas que pediram recuperação judicial esse ano. Algumas dessas são de dimensões razoáveis, o que causa um impacto direto na economia”, falou.

Caliman explicou que a recuperação judicial é um instrumento para evitar que a empresa vá direto à falência. “Ela ainda tem um período de tempo para dizer que está com problema de caixa, mas precisa de um fôlego, aí entra com o pedido ao juiz, ele avalia, pede um plano de recuperação. Este é negociado, inclusive, com os credores, como bancos e fornecedores. Isso, então, é aprovado e executado”, disse.

Em 2015, empresas ligadas à construção civil foram as que mais entraram com o pedido na Justiça. Já em 2016, o impacto se estendeu ao comércio e aos serviços.

“Há um efeito em cadeia. Se a indústria reduz a atividade econômica, também reduz as compras da própria indústria, o que afeta o serviço”, explicou o economista.

Fechamento de empresas
Dados da Junta Comercial do Espírito Santo (JUCEES) revelam que cresceu em ritmo acelerado o fechamento de empresas no estado. Enquanto em 2016, nos dois primeiros meses do ano, 795 empresas foram encerradas, no mesmo período de 2015, esse número era 51,4% menor, ou seja, foram 525 fechamentos.

A situação econômica desfavorável no país e a instabilidade política que se agravou no final de 2014 também refletiram no número menor de empresas abertas no Espírito Santo.

Enquanto em 2014, em janeiro e fevereiro, foram 1.317 empresas constituídas, em 2015, o número caiu para 1.239 no primeiro bimestre do ano. Em 2016, o ritmo mais uma vez desacelerou e o número caiu para 1.151 empresas abertas.

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