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Peritos entregam à justiça relatório para pedido de recuperação judicial da Engeglobal

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O juiz Claudio Roberto Zeni Guimarães, da Primeira Vara Cível Especializada em Recuperação Judicial e Falência, recebeu relatório da perícia prévia feita no Grupo Engeglobal, construtora vencedora de licitações pelas obras da Copa do Mundo 2014 em Mato Grosso que entrou com pedido de recuperação, alegando prejuízos que superam R$ 50 milhões.

O documento foi encaminhado nesta terça-feira (10) aos quatro requerentes do processo, que poderão se manifestar no prazo de 48h. 

"Vistos. Recuperação judicial de Engeglobal Construções Ltda. e outras. Dê-se ciência às requerentes sobre o relatório de perícia prévia de fls. 537/611, fixando-se prazo de 48 horas para se manifestarem, caso queiram. No mesmo prazo, deverão apresentar a lista de credores em fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12, eis que a juntada com a petição inicial é praticamente ilegível. Após, imediatamente conclusos", decidiu o juízo.

Os quatro requerentes citados na decisão são: Construtora e Empreendimento Guaicurus Ltda Epp, Hotéis Global S/A, Global Empreendimentos Turisticos Ltda. e Advanced Investimentos e Participações S/A. Já os peritos responsáveis pelo relatório pertencem ao escritório Lorga & Milejevs Advogados Associados.

​A Engeglobal alega que "a solidez angariada com os longos anos de atividade, bem como o patrimônio e todo o know-how construído até então, não foram suficientes para afastar a crise econômico-financeira momentaneamente vivenciada".

Ao lado da  Farol Empreendimentos e Multimetal Engenharia, a Engeglobal compõe desde 2012 o Consórcio Marechal Rondon, que atua na conclusão do principal aeroporto do Estado, instalado na cidade de Várzea Grande, responsável por cerca de 11 frentes de trabalho, conforme a fiscalização da Secretaria de Estado das Cidades (Secid-MT).

A Engeglobal também é responsável pelos dois Centros Oficiais de Treinamento (COTs) da Univerisidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Pari e pela revitalização do Córrego Oito de Abril.

"Diversos problemas e entraves foram enfrentados pelo Grupo Econômico durante a implantação e andamento das obras, que impactaram negativamente os custos dos serviços prestados e foram a causa principal do desequilíbrio econômico atualmente vivenciado", diz o pedido.

Dentre os problemas citados no pedido, inclui dificuldades para recebimentos das medições, falta de mão de obra qualificada e supervalorização da restante.

 

11/07/2018

 

Autor(a)
Paulo Victor Fanaia Teixeira

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