Empresa já obteve a cautelar para se proteger pedidos de execução de dívida enquanto prepara a documentação do pedido de recuperação
08/04/2024
A Polishop entrou com uma medida cautelar preparatória para um pedido de reestruturação — que pode ser extrajudicial ou judicial — no Tribunal de Justiça de São Paulo. O pedido liminar foi aceito na quarta-feira (2) na íntegra pelo juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2a Vara de Falências e Recuperação Judicial, e a empresa agora está blindada de execuções judiciais de credores.
Na decisão, o juiz estendeu a proteção a pedidos de despejo, penhora e arresto de bens. Ele também deu 24 horas para que plataformas de marketing e tecnologia que haviam suspendido serviços para a empresa por falta de pagamento colocassem o serviço no ar novamente. Os credores financeiros também ficam proibidos de executar cláusulas de contrato que estabelecem vencimento antecipado de dívida por descumprimento de obrigações.
A empresa vinha passando por uma reestruturação desde o ano passado e, até meados de 2023, tinha fechado mais da metade das 280 lojas que chegou a ter. A empresa, que cresceu fazendo ofertas em canais de televisão, também vinha tentando aumentar a rentabilidade com produtos de marca própria.
A Cabezón Administração Judicial foi nomeada como administradora judicial temporária.
Dentre as empresas que entraram com algum tipo de execução ou deixaram de prestar serviços para a Polishop, e que foram citadas na decisão da medida cautelar estão Google, Meta (dona de Facebook e Instagram), Claro, Oi, UOL, Microsoft, Vtex, Elemidia, Tivit, Zenvia Mobile, entre outras.