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Proposta para recuperação da Metalúrgica Duque inclui corte de custos e reestruturação de dívidas

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Plano apresentado pelo grupo prevê redução dos número de itens produzidos e pagamento dos credores em até 12 anos. Aprovação dependerá dos credores

Corte de custos, máximo aproveitamento do potencial produtivo e do patrimônio e renegociação de dívidas.  Estes são os principais pontos do plano de recuperação judicial da Metalúrgica Duque, que  foi protocolado no Fórum de Joinville nesta semana. Nele, a empresa prevê a redução de custos fixos, como a diminuição do quadro de funcionários, adequação da produção ao cenário de crise fabricando somente peças consideradas mais rentáveis, entre outras medidas. Com o plano, mais dois volumes foram adicionados ao processo de recuperação judicial – agora  são sete que somam mais de 1.500 páginas.

Se algum dos credores apresentar objeção ao plano, uma assembleia geral deve ser convocada pela juíza da 6ª Vara Cível de Joinville, Viviane Speck, para que o plano de recuperação seja votado. Em caso de aprovação, será implementado para tentar reverter a situação de crise em que se encontra a empresa. Em caso de não haver acordo, será decretada a falência da Duque. 

A metalúrgica produz peças para bicicletas, motocicletas, automóveis e produtos da linha branca.O plano considera que há um cenário econômico favorável à recuperação da empresa. A Copa do Mundo e a Olimpíada do Rio em 2016 foram apontados como eventos que irão aquecer a economia dos produtos de linha branca, principalmente refrigeradores comerciais.

No plano foram descritos três possíveis cenários para a recuperação: a aquisição do grupo por terceiros, que apesar de ser negociada há alguns semestres com interessados, não pôde ser concretizada; vendas dos ativos, que já foi descartada pelos sócios da empresa, pois os valores das dívidas são maiores do que o patrimônio; e a continuidade das operações com reestruturação operacional financeira, a qual já vem sendo realizada pela Duque.

Implementação

Corte de custos, máximo aproveitamento do potencial produtivo e do patrimônio e renegociação de dívidas.  Estes são os principais pontos do plano de recuperação judicial da Metalúrgica Duque, que  foi protocolado no Fórum de Joinville nesta semana. Nele, a empresa prevê a redução de custos fixos, como a diminuição do quadro de funcionários, adequação da produção ao cenário de crise fabricando somente peças consideradas mais rentáveis, entre outras medidas. Com o plano, mais dois volumes foram adicionados ao processo de recuperação judicial – agora  são sete que somam mais de 1.500 páginas.

Se algum dos credores apresentar objeção ao plano, uma assembleia geral deve ser convocada pela juíza da 6ª Vara Cível de Joinville, Viviane Speck, para que o plano de recuperação seja votado. Em caso de aprovação, será implementado para tentar reverter a situação de crise em que se encontra a empresa. Em caso de não haver acordo, será decretada a falência da Duque. 
A metalúrgica produz peças para bicicletas, motocicletas, automóveis e produtos da linha branca.O plano considera que há um cenário econômico favorável à recuperação da

empresa. A Copa do Mundo e a Olimpíada do Rio em 2016 foram apontados como eventos que irão aquecer a economia dos produtos de linha branca, principalmente refrigeradores comerciais.
No plano foram descritos três possíveis cenários para a recuperação: a aquisição do grupo por terceiros, que apesar de ser negociada há alguns semestres com interessados, não pôde ser concretizada; vendas dos ativos, que já foi descartada pelos sócios da empresa, pois os valores das dívidas são maiores do que o patrimônio; e a continuidade das operações com reestruturação operacional financeira, a qual já vem sendo realizada pela Duque.

Deságio

Segundo o plano de reestruturação, a Metalúrgica Duque pretende acelerar alguns pagamentos dos créditos de recuperação judicial com fornecedores e clientes.

Para isto, a empresa propõe aos fornecedores de mercadorias ou de prestação de serviços que concederem prazo de pelo menos 45 dias para fazer novos pedidos, a amortização do crédito sujeito à recuperação judicial correspondente a até 2% do valor do fornecimento realizado na data prevista para pagamento do serviço ou produto.

Quanto aos clientes que possuem crédito perante à Duque, a proposta é para aqueles que pagarem seus pedidos à vista. Com isto, será amortizado até 7% do valor do pedido na dívida da metalúrgica com a empresa cliente.

A metalúrgica também coloca no plano de recuperação a opção do leilão reverso de créditos. Neste leilão, a Duque oferecerá certa quantia em dinheiro, 60% do saldo da reserva do fluxo de caixa, para aquisição de créditos com deságio, ou seja, o credor que oferecer o maior desconto em sua dívida vai receber antes.

O plano também prevê a contratação de financiamentos ou fomentos em até R$ 10 milhões para que o grupo Duque possa completar o capital de giro.

PRINCIPAIS PONTOS DA PROPOSTA

Venda de bens
Se o plano de recuperação for aprovado, a Duque poderá vender ativos fixos que não está ocupando no valor de até R$ 3,5 milhões mediante autorização do administrador judicial e, se for o caso, dos credores que dispõem de tal ativo como garantia. Segundo os elaboradores do plano, esta medida é considerada indispensável para o cumprimento das obrigações essenciais às atividades da metalúrgica

Bens x dívidas
A empresa tem cerca de R$ 100 milhões em ativos imobilizados, incluindo a fábrica, terrenos e imóveis pertencentes ao grupo, máquinas e equipamentos. Já as dívidas trabalhistas, de garantia real, quirografários, fiscais e extraconcursais somam mais de R$ 212 milhões

Nova administração
Nesta fase de recuperação judicial, o presidente da companhia, Mario Hagemann, passa a ter auxílio de profissionais independentes na tarefa de administrar a empresa. O grupo também manterá contato com auditoria independente para suas demostrações financeiras

Pagamento de dívidas
Trabalhistas
Tem preferência para receber o pagamento de suas dívidas no processo de recuperação judicial. A proposta da Metalúrgica Duque é iniciar o pagamento de suas dívidas com os trabalhadores no terceiro mês após a aprovação do plano de recuperação na assembleia de credores. Os créditos serão parcelados em dez vezes e haverá correção pela TR (Taxa Referencial) e juro de 1% ao ano. A Duque tem R$ 7 milhões em dívidas trabalhistas

Garantia real
São os credores que no momento do contrato com a Duque pegaram algum bem como garantia do negócio , a empresa está solicitando um prazo de 18 meses de carência, a pagar o crédito em 122 parcelas (mais de dez anos), com correção pela TR e juros de 2% ao ano. As dívidas de garantia real são de R$ 27.049.000

Quirografários
São aqueles que não possuem direito real de garantia, ficam em terceiro lugar na prioridade de pagamentos da dívida concursal. Estes créditos somam R$ 54.207.000 e a proposta da Duque é pagá-los com carência de 18 meses em 144 parcelas (12 anos), redução (deságio) de 30%, correção monetária pela TR e juro de 1% ao ano

Tributárias
Os impostos devidos à União, Estado e Prefeitura somam a maior parte da dívida da Duque – mais de R$ 100 milhões. No plano, a metalúrgica propõe destinar 1% de sua receita líquida para a quitação, a começar a pagar seis meses depois da aprovação do plano de recuperação pelos credores

Autor(a)
Isabella Mayer de Moura

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