A TKK Engenharia é a mais recente afetada pela crise na cadeia de fornecedores da Petrobras. Com diversos contratos cancelados de forma unilateral pela estatal nos últimos meses, a empresa acumulou dívidas superiores a R$ 60 milhões. O processos de recuperação judicial foi aprovado na última segunda-feira (15).
Ganhadora de diversas concorrências e licitações nos últimos anos, a TKK contratou funcionários e financiamentos para viabilizar as obras. “Agora, com o baixíssimo faturamento, não é possível pagar nem os colaboradores em dia, quanto mais os financiamentos”, explica Carlos Deneszczuk, Sócio da DASA Advogados, que coordena a recuperação judicial ao lado da Quist Investimentos.
Mais de 3.500 funcionários foram demitidos em dois dos consórcios paralisados. Os encargos com rescisões trabalhistas consumiram boa parte dos recursos restantes da companhia, que já teve faturamento superior a R$ 200 milhões ao ano.
“É uma empresa que já atingiu grau A de classificação de qualidade como fornecedor da Petrobras, foi eleita a melhor do ano por publicação do setor e está isenta de investigações pela Operação Lava-Jato. Ainda assim, enfrenta a maior crise da sua história”, diz o advogado da DASA. “É uma história que se repete, diariamente somos consultados sobre situações muito parecidas”, diz Douglas Duek, sócio da Quist Investimentos.
Além disso, a TKK já ingressou com ações judiciais de ressarcimento contra a Petrobras pelos contratos quebrados.
