Trabalhadores da Usina Santa Clotilde interditaram na manhã desta segunda-feira (26), um trecho da BR-101, no município de Rio Largo, região metropolitana de Maceió, para cobrar salários com vencimentos atrasados. O trânsito no local está intenso em ambos os sentidos.
De acordo com Adriano, que é funcionário da usina, os trabalhadores cobram salários atrasados com vencimentos, inclusive, de 2016.
Ele também disse que vários trabalhadores foram exonerados e que a diretoria não deu previsão de pagamento. “Realizaram uma demissão em massa na usina. Cerca de 80 a 90% dos funcionários foram demitidos”.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), estimam-se 200 servidores presentes na manifestação. A interdição ainda não tem prazo para término.
A reportagem do Cada Minuto entrou em contato com o advogado da Usina, Cleantho Rizzo, que informou o setor vive um momento difícil e a Santa Clotilde precisou protocolar um requerimento de recuperação judicial na última sexta-feira (23).
“Em razão do pedido de recuperação, por ora, a Usina está impedida de efetuar pagamento e tem um prazo legal para apresentar um plano durante o processo de reparação judicial. Quando esse plano for homologado, a usina vai fazer os pagamentos”, ressaltou o advogado.
Entretanto, Cleantho disse que não há um prazo para os trabalhadores receberem e afirmou que a usina demitiu os trabalhadores. “O motivo do não pagamento é um impedimento legal e vai ser dentro do prazo legal. As demissões são reais. Estamos passando por um período de entressafra e as demissões foram necessárias para que a empresa permaneça ativa. A função da recuperação judicial é para preservar a empresa para que a Santa Clotilde volte a contratar na outra safra gerando emprego e renda”, disse.
26/02/2018