AGC solicitada pela operadora deve melhorar as condições oferecidas aos credores, destacou
A Assembleia Geral de Credores (AGC) solicitada pela Oi, divulgada nesta sexta-feira pela empresa em fato relevante, tem o objetivo de dar mais flexibilidade financeira à companhia e incluirá forçosamente em sua pauta a venda das operações móveis da companhia, segundo apurou o Valor junto a uma fonte que acompanha de perto o processo de recuperação judicial da operadora.
Conforme explicou a fonte, não serão propostos na reunião o alargamento de prazos de pagamento nem o aumento do “haircut” (desconto sobre a dívida) aprovados na AGC anterior, realizada em dezembro de 2017. “A assembleia deve melhorar as condições oferecidas aos credores”, destacou a fonte.
Pelo plano de recuperação judicial (PRJ) atual, os ativos que fazem parte das empresas da Oi em recuperação judicial carregariam — caso fossem vendidos — a corresponsabilidade das obrigações previstas no PRJ. Ou seja, o adquirente desses ativos estaria sujeito a essas obrigações, inclusive aquelas de repagamento dos credores.
Um dos objetivos do aditamento ao plano previsto para ser votado na nova assembleia seria o de permitir a venda de ativos sem que haja essa “solidariedade” por parte do adquirente em relação às obrigações, disse a fonte.
Na AGC, deverá ser votada a destinação dos recursos gerados pela provável venda das operações móveis da Oi, o que abrangeria tanto o pagamento de credores como o investimento em redes de fibra óptica, acrescentou a fonte.
02/03/2020