Tele afirmou à Corte de NY que vinha sendo ameaçada por hedge funds - caso do Capricorn Capital, da gestora Aurelius; no Brasil, operadora estaria estudando a contratação de mais um assessor financeiro para conduzir as conversas com credores nacionais
A recuperação judicial da operadora Oi pode ser o gatilho que investidores esperavam para deflagar a consolidação do setor de telecomunicações no país. A Oi tem pela frente um percurso longo, mas importante para equalizar a dívida de R$ 65,4 bilhões e arrumar sua estrutura de capital.
A família do empresário José Carlos Bumlai pretende vender a Usina São Fernando, localizada em Dourados (MS), para se livrar do endividamento da empresa, atualmente em torno de R$ 1,5 bilhão.
A maior parte dos fundos de investimento com alocação em ativos da Oi, que entrou com pedido de recuperação judicial no dia 20, tem como cotistas investidores pessoas físicas.
Redução do patrimônio em 2015 foi provocada principalmente pelo provisionamento de R$ 1,8 bilhão para cobrir prejuízos com a Sete Brasil; fundo também entrou na mira da operação após a prisão de um ex-membro do seu comitê de investimentos
Do débito total de R$ 65,4 bilhões, R$ 50 bilhões referem-se a dívidas financeiras, o que atinge gestores, bancos e detentores de títulos
SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o problema da despesa pública no Brasil é estrutural, por causa dos gastos obrigatórios definidos na Constituição de 1988 – casos de saúde e educação – e que demais despesas vêm a reboque.
Os credores sem garantia real (os chamados quirografários) são os que têm a maior quantia a receber da Oi, um total de 61,2 bilhões de reais. Há nessa relação, por exemplo, bancos e detentores de títulos. A dívida total que consta no plano é de 65,4 bilhões de reais.
O pedido de recuperação judicial da Oi, o maior da história local, deve azedar ainda mais o humor dos investidores estrangeiros em relação aos bônus de empresas brasileiras.
O bloqueio dos bens da Oi, determinado na madrugada de ontem pela direção da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), tem o objetivo de evitar o esvaziamento da concessão, disse ao Valor uma autoridade envolvida no processo.